domingo, 23 de maio de 2010

CAPITALISMO INDUSTRIAL

O capitalismo industrial surgiu com a mudança do modo do sistema de produção, fruto da revolução industrial (1776) , colocam a máquina para fazer o trabalho que antes era feito por artesãos, ou seja, deixou de ser artesanal para ser maquinofaturada. A mecanização imprimiu um novo ritmo à produção de mercadorias e o trabalhador que antes produzia sua mercadoria individualmente e de modo artesanal, agora ia para as linhas de produção, onde se reunia a centenas de outros operários que se tornaram assalariados. Essa implantação de industrias trouxe grandes mudanças, por isso o termo ''revolução''. O dono da fábrica conseguiu aumentar sua margem de lucro, mas trazendo ponto negativo, pois houve aumento significativo do desemprego, baixos salários, péssimas condições de vida e poluição do ar. É chamado de pleno, selvagem e liberal. Selvagem por que explora o trabalhador de uma forma desumana, com um trabalho que podia chegar até dezesseis horas por dia e consequentemente a mercadoria ja possuía um lucro antes mesmo de ser vendida, já que a exploração do trabalhador já determinava lucro. Hoje selvagem é determinado para a grande concorrência entre as multinacionais, que dominam vários mercados e países. Pleno por que as características essenciais do capitalismo são consolidadas: assalariada, objetivo selvagem por lucro (mais-valia, nome dado por Karl Marx à diferença entre o valor produzido pelo trabalho e o salário pago ao trabalhador, que seria a base do lucro no sistema capitalista), sociedade de classes (burguesia, que detém os meios de produção, como minoria privilegiada ,e proletariado possuindo apenas sua mão-de-obra, como maioria explorada). Apesar dos desempregos, esse capitalismo se fortaleceu, com a formação de grandes aglomerados econômicos e de um grupo de potências, o chamado grupo dos sete, constituido pelos sete países mais ricos do mundo: EUA, Japão, Alemanha, França, Itália, Reino Unido e Canadá. Graças à sua força econômica, esses países influenciaram os padrões mundiais de desenvolvimento, controlam a maior parcela da produção econômica mundial e, como consequência, interferem no destino de toda a humanidade. Essa industrialização intensa do continente europeu teve um grande processo de expansão econômica. Com o objetivo de aumentarem sua margem de lucro e também de conseguirem um custo consederavelmente baixo, estes países se dirigiram à África e Ásia, dominando e explorando estes povos, o chamado neocolonialismo. O capitalismo Liberal, que relacionada a Idade Contemporânea, nas revoluções em que a burguesia exigia privilégios políticos, e adotando um estilo liberal, fundamentado na teoria de Adam Smith, segundo o qual o estado não deveria interferir na economia, pois ela mesmo seria regulada por uma mão invisível, que era através de dois mecanismos: a livre concorrência e a lei da oferta e da procura. Só que essa auto-regulação que Adam Smith afirmava não aconteceu, ocorrendo a crise de 29, que ocorreu devido a superprodução (apresentavam uma produção baseada no fordismo, que era ''produzir loucamente'') e a queda da bolsa (especulação financeira), como se fosse um estouro da bolha especulativa, pois os especuladores vendem ações das empresas que estavam em início de crise só que eles forjavam um falso bom estado e sucesso das mesmas. Houve um processo de concentração de capitais pelas empresas mais competitivas, gerando monopolização. O mercado não se auto-regulou por que algumas empresas possuem mais tecnologia e mais poder que outras, muitos já nascem ricos, e para uma pessoa simples competir com ela, será muito dificil. As formas de monopolização são: Truste (fusão ou absorção empresarial) ; cartel (acordos empresariais, é ilegal) e holding ( ''cartel legalizado'', empresa criada em que possui ações de outras empresas afim de acordos empresariais). A superprodução e a crise de 29 teve seu contexto na recuperação Européia pós-1 guerra, já que os EUA estava produzindo muito para abastecer a Europa que estava destruída, chegando em um momento de estocagem. Diante da crise, passou a ocorrer da década de 30 aos anos 80/90, uma intervenção do estado na economia (keynesianismo), protecionismo de mercado, criação de empresas estatais, nos países europeus: estado de bem estar social ( welfare state: estado assistencial que garante padrões mínimos de educação, saude, habitação, renda e seguridade social a todos os cidadãos). Então começa uma nova fase, o capitalismo Financeiro - Monopolista.

CAPITALISMO COMERCIAL

O conceito de capitalismo refere-se basicamente na acumulação de capital, tendo como meta o somente o lucro. Pode ser dividido em três tipos de épocas diferentes: comercial, industrial e financeiro.
O capitalismo comercial ou mercantilismo tem origem no início da idade moderna, quando se dava o fim do feudalismo e o início da expansão comercial. Que foram o êxodo da população para os centros urbanos, o chamado ''renascimento urbano'', vários motivos determinaram esse êxodo, como : cruzadas, revolução agrícola, entre outros. A revolução agrícola, trouxe uma relativa modernização na produção, e novas técnicas, aumentando os alimentos (excedentes agrícolas) e ocasionando no crescimento desordenado da população européia. Com isso, houve o aumento das áreas agrícolas, um exemplo disso são os pousios (descanso ou repouso dado às terras cultiváveis, variando esse descanso de um a três anos, interrompendo-se as culturas para tornar o solo mais fértil), e assim não tendo mais terras férteis, ocasionando na fome, já que não conseguia acompanhar o crescimento populacional, chegando ao ponto de fome. As terras foram valorizadas e muitos tentaram garantir através da ampliação de suas posses por cercas), e a modernização da agricultura, muitos trabalhadores (excedentes de mão-de-obra) foram trocados por novas invenções da época, sendo ''liberados'' para outro setor, como o comercial. Muitos camponeses diante dessas circunstâncias, se viam obrigados a procurar outro sustento, indo muitos para os burgos (designa geralmente uma cidade comercial, que se desenvolvia fora das muralhas do núcleo urbano primitivo, senhorial; O burgo surgiu em volta do castelo do senhor feudal, o castelo era protegido por uma grande muralha e soldados, para se aproveitar disso moradias foram ocupando o espaço entre o castelo senhorial e a muralha). As cruzadas também foram muitos importantes, pois ao fim das batalhas, voltavam com as especiarias ou produtos de luxos, que atraíam a população européia, como tapetes, temperos, etc. A riqueza deixou de ser principalmente vinculada a terra para a economia de mercado com base no trabalho artesanal passar a ser prioridade. Muitos europeus deixaram os feudos para morarem nos burgos, onde esperaram encontrar melhores condições de vida. A população formada principalmente por burgueses, artesãos e operários. Com o tempo os centros urbanos tornaram-se mais importantes que os rurais, já que os negócios ali aumentavam, os artesãos abriam suas oficinas, comerciantes passaram a organizar feiras nas quais vendiam seu produto. A burguesia ganhava prestígio e aproximava-se dos reis, emprestando-lhes dinheiro em troca de medidas políticas favoráveis ao comércio. Ao mesmo tempo, os senhores feudais viam-se envolvidos em dívidas, muidas delas decorrentes das altas despesas com as cruzadas. Com o modelo absolutista, tem-se o fim dos pedágios (cada feudo tinha sua moeda e exigia impostos pela passagem pelo mesmo) , com a unificação monetária e criação de estradas. O colonialismo, que foi baseado no mercantilismo, que visava acúmulo de metais, balança comercial favorável e consequentemente protecionismo, gerava grandes lucros.

sábado, 20 de março de 2010

Período Homérico ( Séc. XII a VIII a.C.)

O termo Homérico é porque a reconstituição desse período histórico por falta de referências escritas e deu com base na análise das obras atribuídas a Homero.
* ``A Ilíada´´: relatos da Guerra de Tróia.
* ``A Odisséia´´: relatos sobre a volta de Ulisses à sua terra, a ilha de Ítaca, após a Guerra de Tróia.

--> Observação:
Essas obras ganharam forma escrita apenas no Período Arcaico, já que não havia uso da escrita no Período Homérico. A obra foi transmitida por meio dos poetas por tradição oral.

É caracterizado pela ocorrência da ``Idade das trevas Grega´´. Origem do termo é uma comparação com a Idade Média Européia (séc V a XV), ou seja, pelo retrocesso das estruturas Sócio-Culturais-Econômicas. Com a invasão dos dórios, ocorreu a decadência das cidades (fim da vida urbana) e das atividades econômicas características desse meio (comércio e indústrias).
Houve também o abandono do uso da palavra escrita e o retrocesso para um tipo de sociedade de caráter coletivista, o sistema Gentílico/Genos/Genói.
->Economia de base agropastoril;
->Coletivismo e não existência da propriedade privada;
->Política: de base familiar, com vínculos ao culto aos Antepassados, tendo o líder o Pater Familiar ( líder comunitário, que exercia funções de caráter judicial, administrativo e religioso).

Com a explosão demográfica e o direito de Primogenitude ( poder hereditário), os parentes mais distantes do pater reivindicaram melhores condições de vida ao estarem insatisfeitos com a diminuição da renda familiar. Progressivamente, os bens que eram utilizados de maneira coletiva foram divididos entre os membros do genos. Aqueles que eram mais próximos do pater acabaram sendo privilegiados com as melhores terras. Ocasionando na crise do sistema gentílico.
Ficando uns privilegiados com as melhores terras, monopolizavam as armas, do outro os pequenos proprietários, artesãos etc. Surge então a propriedade privada, a terra passando a ser controlada pela Aristocracia rural (eupátridas) descendente em linha direta dos ``Pater Familiar´´. E com isso deu-se o início a 2º Diáspora Grega (deslocamento forçado), que aconteceu devido ao aumento populacional das Comunidades Gentílicas. Como o solo era pobre para o plantio e o sistema gentílico não tinha ao menos um governo para controlar tantas pessoas (alguns genos chegaram à casa dos milhares), foi necessário um processo de expansao colonial grega em especial as que hoje constituem o sul da Espanha e o oeste da Itália.

OBSERVAÇÃO:
As Colônias eram independentes das suas cidades na Grécia, pois o que importava para os gregos era o comércio com elas, funcionando da seguinte maneira: Gregos exportavam vinho e azeite e as colônias grãos.

Com o passar do tempo, as elites dos genos com afinidades culturais mais visíveis se uniram em grupos maiores que poderiam assegurar o controle de suas propriedades. Surgiam assim as chamadas fratrias. A reunião destas fratrias eram, por sua vez, responsáveis pelo desenvolvimento das tribos que, quando se reuniam, davam origem ao demos ou Pólios. Por meio da ampliação dessas organizações temos a formação das primeiras cidades-Estado da Grécia Antiga e o fim das comunidades gentílicas.

Período Pré-Homérico (Séc. XX a XII a.C.)




Iniciou-se nas migrações de povos indo-europeus (aqueus, eólios, jônios e dórios) para a Península Balcânica. Os aqueus foram os primeiros povos a chegar nessa região e se integrando as populações nativas. Com o passar do tempo deram origem aos primeiros centros urbanos como Micenas. Depois outros povos chegaram as terras gregas, os eólios e jônios, que se estabeleceram pacificamente. Nesse período houve intensos contatos entre Micênas e Creta. Os cretenses estabeleceram uma atividade comercial marítima ao longo do mar Egeu. Com os passar do tempo os aqueus fortaleceram sua economia e ficou rival a Creta. A vitória dos Aqueus resultou na hegemonia sobre o mar mediterrâneo e acesso às terras do Mar Negro (guerra de tróia). Formando a Civilização Miceniana ou Creto-Micênica, que tinha as seguintes características:
-> Teve por ''capital'' a cidade de Micenas;

->Resultado da fusao da cultura cretense com a cultura aquéia;
Foi nessa época que se formou a cidade de Esparta.
Mas com a invasão dos Dórios, povos de tradição militar, a Grécia teve vários de seus centros urbanos destruídos, vários de seus costumes e saberes foram perdidos nessa violenta invasão. Grupos humanos fugiram dessa situação de violença, dando nome ao chamado Primeira Diáspora Grega. O fim de várias cidades e da ampla atividade comercial marítima resultou numa nova configuração do mundo grego. Pequenos grupos familiares passaram a viver da agricultura de subsistência e o sofisticado artesanato perdeu espaço para a concepção de peças mais simples e funcionais. As estruturas políticas centralizadas deram lugar ao poder exercido localmente pelos chefes familiares, e os ritos funerários se simplificaram. Assim, chegamos ao fim da chamada Grécia Pré-Homérica.


CRETA;
Localizada na ilha de Creta, foi uma civilização essencialmente urbana, que tinha a capital Cnossos. A sua economia possuia por base o comércio marítimo e seu sistema político era TALASSOCRÁTICO ( poder na mão de comerciantes). Seus reis/governantes eram denominados como ''Minos''. Sua religião era de caráter Animista (culto às forças da natureza), com destaque para a principal divindade, a ''Grande Mãe'', que era o símbolo da fertilidade.Esta deusa era reconhecida como representante da fertilidade e protetora das terras, portanto existindo um respeito a figura feminina na civilização cretense. Em Creta, não havia nenhum tipo de construção ou templo dedicado às atividades religiosas. A maioria das manifestações era realizada ao ar livre com a organização de danças e torneios, que está ligado a Tauromaquia ou Minotauro, que era a interação de acrobatas com touros, nos Festivais Religiosos. O fim dessa Civilização Cretense ocorreu por meio da invasão dos Aqueus.

CIVILIZAÇÃO GREGA (introdução)

Formada na Península Balcânica, a Grécia ou Hélade nunca teve uma unidade política. Os povos que colonizaram e habitaram essa região foram os Eólios, Aqueus, Jônios e Dórios falavam a mesma língua, costumes semelhantes, religião etc. Mas viam seus vizinhos como rivais e guerreavam entre si. Eles eram indo-europeus, explicando entao tal semelhança.
E é composta por três regiões distintas: Grécia continental, insular e peninsular. Por ter um solo pouco fértil e relevo montanhoso e acidentado (/\_/\_/\), que dominam 80% da superfície territorial. Entre uma montanha e outra, encontram-se planícies férteis, berços naturais para o desenvolvimento de pequenas sociedades e consequentemente isolamento por parte dos grupos humanos que viviam lá. Isso foi fator determinante para que no Período Arcaico, se instalassem o sistema político baseado nas cidades-estados. Com o litoral recortado e repleto de ilhas, oferecia excelentes portos naturais e a possibilidade de expansão colonial através da navegação e comércio marítimo, já que, tinha um solo pouco fértil e o litoral recortado praticamente induziu os gregos à navegação em busca de terras e riquezas inexistentes em sua região. Tal fato explica o fenômeno conhecido como diásporas gregas. A história política da Grécia pode ser dividida em quatro períodos: Pré-Homérico, Homérico, Arcaico e Clássico.

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

A ANTIGUIDADE ORIENTAL


Desenvolveram-se em um contexto geográfico definido como o ''Crescente Fértil''. Politicamente e economicamente esta região ficou caracterizada pela ocorrência de dois modelos que guardam entre si evidentes ligações:
> IMPÉRIOS TEOCRÁTICOS DE REGADIO: Império quer dizer a existência das estruturas de um Estado organizado, legitimiado em suas estruturas de poder. Teocrático (teo= Deus ; Cratico= governo) porque existia uma ligação profunda entre o poder politico e a religião.
>MODO DE PRODUÇÃO ASIÁTICO: Modo de produção vem a ser a forma como uma sociedade se organiza economicamente, denotando, de forma geral a existência de uma divisão social marcada por diferenças.
MODO DE PRODUÇÃO PERIODO HISTÓRICO LUTA DE CLASES
>Asiático Antig. Oriental = Egito e mesop. elites x servidao coletiva
>Escravista Antig. Ocidental= Grecia e Roma senhores f. x escravos
>Feudal Id.Media cristã ocidental senhores f. x servos
>Capitalista Id. Contemporânea burguesia x proletariado
Obs.: Escravos e servos são diferentes, Os servos são trabalhadores rurais que estão vinculados à terra, formando a classe social mais baixa da sociedade feudal. À diferença dos escravos, os servos não eram propriedade de ninguém e não podiam ser vendidos, pois não eram como escravos, que eram propriedade dos donos. A servidão implica o trabalho forçado dos servos nos campos dos senhores de terras, em troca de proteção e do direito arrendar terras para subsistência. Ademais do trabalho na terra, os servos executavam diversos trabalhos relacionados com agricultura, como silvicultura, transporte (por terra e por rio), artesanato e mesmo manufatura.
Sendo uma visão marxista de História ( materialismo histórico), o próprio Karl Marx apontava que existiria uma solução para o problema da exploração do homem pelo homem. O modo de produção socialista que, pelo fim da propriedade privada, levaria à ocorrência de uma sociedade igualitária / sem classes: O comunismo.
O modo de produção asiático conceito: O estado era o proprietário das terras e agia como elemento coordenador da construção das grandes obras Hisdráulicas ( diques, canais, barragens etc) que tinham por função a expansão das áreas agricultáveis na medida em que transformaram terras desérticas em terras férteis. A mão-de-obra utilizava a massa camponesa submetida a um regime de servidão coletica. Todos trabalhando pelo Estado ( elites controlavam), nas suas terras, com o objetivo de produzir excedentes agrícolas.
A antiguidade Oriental:
-A Civilizações do Egito e da Mesopotâmia: as relações entre o meio físico/geográfico e o processo de evolução história.
CIVILIZAÇÕES POTÂMICAS: desenvolveram-se às margens dos grandes rios.
CIVILIZAÇÕES HIDRÁULICAS: obras geridas pelo Estado, seja para excedentes agrícolas ou contensão das enchentes ( muito mais necessário na região da Mesopotâmia).
EGITO
A civilização egípcia desenvolveram-se no nordeste da África, em uma zona desértica cortada e fertilizada pelo rio Nilo. Era uma região de difícil acesso às correntes migratórias, o que determinou que o povo Egípcio, essa civilização ficasse isolada do contato com outros povos durante grande parte da sua História.
História do Egito
2 grandes fases, a pré- dinástico que é dividida em pré-historia, nomos e reinos do alto e baixo egito; e periodo dinastico, que divide-se em antigo imperio, medio imperio e novo imperio. Permaneceram isolados até o antigo imperio. Com esse isolamento, ocorre a formação de uma cultura única, de caráter singular.
MESOPOTÂMIA
Civilização que se desenvolveu no Oriente próximo, em uma zona desértica cortada pelos rios tigre e eufrátes. Era uma zona de fácil acesso às correntes migratórias que transitavam a Ásia e a Europa, o que foi determinante:
>Politicamente: Houve violentas disputas pelo controle das zonas férteis e em última instância, ocorreu uma sucessão (sumérios, acádios, anoritas, assirios e caldeus) de dominações ou imperialismo.
>Culturamente: Houve uma fusão ou mistura, derivada da herança cultural dos vários povos que por ali habitavam ou transitaram. Em suma, a cultura da Mesopotâmia era plural.

domingo, 7 de fevereiro de 2010

NAVEGAÇÕES PORTUGUESAS E ESPANHOLAS (PIONEIRAS)

Como Portugal foi pioneiro no quesito expansão marítima, sua evolução foi mais rápida que a de Espanha. No final do século XV, como a atividade que mais dava lucro era o comércio de especiarias asiáticas como: seda, jóias e temperos eram muito procurados pelos europeus, porém esse comércio era comandado pelos venezianos e genovezes, que ficavam na península itálica que dominavam a rota do mar Mediterrâneo. Como os venezianos e genovezes revendiam essas especiarias mais caras pro resto da europa, gerava uma necessidade de se procurar uma nova rota para comprar diretamente essas especiarias, obtendo lucro na venda. Foi quando em 1498 comandando uma esquadra de caravelas, o velejador Vasco da Gama chegou as Índias, contornando o continente africano. Em 1500, a esquadra de Pedro Alvares Cabral chega a América.
No meio tempo em que Portugal despontou em sua expansão marítima, a Espanha se envolveu no processo de expulsão dos mouros da Península Ibérica. O fim da chamada Guerra de Reconquista possibilitou a inserção dos espanhóis na corrida de expansão marítima. Através do projeto de Cristóvão Colombo, a Espanha decidiu financiar a expedição do explorador italiano, em 1492. Colombo dizia que seria possível alcançar o Oriente navegando pelo Ocidente. Nessa aventura, a Coroa Espanhola descobre o continente americano. A partir de então, a Espanha inaugurou uma nova área de exploração econômica.

sábado, 6 de fevereiro de 2010

HISTÓRIA DA ESPANHA

Os romanos tinham conquistado praticamente toda a Península Ibérica e anexado o território aos domínios do Império Romano. A partir do século II a Roma começou a perder sua influência sobre a Hispânia. Como a conseqüência do enfraquecimento do Império Romano e a incapacidade de defender as fronteiras do território que lhe pertencia, tribos germânicas (alanos, suevos e vândalos conquistaram a península ibérica por volta do ano 410). Os visigodos eram os mais romanizados dos povos bárbaros. Eles mantiveram o sistema legal romano. O modo de produção era parecido próximo do sistema feudal típico, e a religião predominante a católica. A cristologia classificada como heresia pela Igreja Católica denominada Arianismo.
Os territórios árabes, junto com a fé islâmica, tinham se propagado velozmente. Em 711, os muçulmanos (árabes e berberes) já tinham o controle no norte da África. Ainda no mesmo ano, liderados por Tárique capturaram e mataram o rei visigodo Rodrigo na batalha de Guadalete. Naturalmente o avanço dos mouros não se deu sem resistência. Os adeptos do Islão estenderam seus territórios até o sul da atual França, quando foram derrotados pelos francos. Antes disso, porém, já havia esforços por parte de povos cristãos para expulsar os muçulmanos da Península Ibérica. Desde então, e à medida que as vitórias cristãs se foram sucedendo, começaram a chegar vagas de cavaleiros europeus para ajudar os Reis Cristãos na sua senda pela reconquista da Península Ibérica, eram as primeiras Cruzadas. Como sinal do reconhecimento e mérito pela ajuda, os reis Cristãos davam aos cruzados porções de terra, títulos, e casamento com filhas de nobres locais, ou até mesmo do próprio rei, ficando com o dever de gerir o território, lutar contra os Mouros e prestar vassalagem ao Rei. Isto veio fazer com que a Reconquista não fosse exatamente uma cooperação entre reis Cristãos contra os Mouros, pois na realidade, os reinos cristãos no norte da Península Ibérica guerrearam uns com os outros (na luta pelo poder, sucessões ao trono, ou até mesmo a independência. Muitos condados tentaram a independência, mas só o Condado Portucalense conseguiu, tornando-se mais tarde no Reino de Portugal) tanto quanto contra os muçulmanos. Os dois principais reinos cristãos eram: o Reino de Astúrias sediado em Oviedo; e Navarra. Com as derrotas dos omíadas foi criado o Reino de Leão em 913. Sancho III de Navarra pôs seu filho Fernando na liderança de Castela. Ele conseguiu unir Navarra, Galiza, Astúrias e Leão sob sua liderança.
Castela e Portuscale (Portugal) passaram a ser então os dois reinos a fazer frente aos Mouros, uma vez que Castela conseguia unir debaixo da mesma coroa Galiza, Astúrias, Navarra e Catalunha. Portuscale conseguiu mais eficazmente e rapidamente expulsar os Mouros, sendo que no final do século X, o rei Dom Sancho I (1189 - 1191) conseguiu expulsar definitivamente os Mouros do Algarve, terminando assim a reconquista portuguesa. A Partir daqui, Portugal foi afirmando a sua independência e identidade, até ao século XV, em que foram iniciados os Descobrimentos, com a exploração e conquista do norte de África. Castela já foi bem mais lenta na sua reconquista, sendo que a terminou por completo nos finais do século XIII. Aos poucos as terras de domínio mouro foram se reduzindo até uma pequena porção em Granada. A Espanha foi unificada através dos reis católicos: Isabel I de Castela e Fernando II de Aragão. Sob seu reinado, os mouros foram expulsos da Península Ibérica, o poder da nobreza foi reduzido e castelos de nobres foram destruídos. Os mouros e judeus foram obrigados ao batismo ou ao exílio, caso recusassem eram mortos.

Fatores que levaram os europeus á aventuras das navegações oceânicas;

Entre as principais razões que levaram a Europa a expansão, destacam-se as seguintes:
° visto que a rota do Mediterrâneo era monopólio das cidades italianas, havia a ambição de descobrir uma nova rota comercial que possibilitasse as demais nações da Europa estabelecer relações comerciais com o Oriente, usufruindo também o lucrativo comércio de especiarias e baratear os preços;
° o acesso aos metais preciosos para a fabricação de moedas, muito escassos na Europa;
° o aumento do poder econômico dos mercadores (burguesia) e consequente ambição por ampliar os negócios;
° o aumento do poder real (centralização), fundamental para a organização das expedições marítimas;
° desenvolvimento tecnológico europeu, como bússola, a pólvora e a melhoria de técnicas de navegação e construção de navios.

HISTÓRIA DO SURGIMENTO DE PORTUGAL

Ao final do século V, a província da Hispânia ( Atual Península Ibérica) que era até então parte integrante do Império Romano do ocidente, já estava sob o domínio de povos bárbaros germânicos especialmente os Vesígoros, que ali instalados acabaram por fundar seu próprio reino, que resultou convertido ao cristianismo ( Reino Visigótico Cristão).
No início do século VIII ( 711), houve a invasão da Península Ibérica pelos Árabes/Muçulmanos/Islamitas/Sarracenos/Mouros, o que resultou na destruição do Reino Visigótico Cristão.
Os cristãos se refugiaram ao norte da Península , na região das Astúrias ( um lugar montanhoso de dificil acesso), de onde teria origem a luta pela expulsão dos Árabes, a Guerra de Reconquista. Guerra de caráter cruzadístico (cristãos x islamismo). Durou do século VIII até 1492 (século XV), ou seja , 8 séculos de guerra, tendo como maior consequência a formação dos reinos de Portugal e Espanha.
Durante a Reconquista Cristã, Afonso VI, rei de Castela e Leão, foi ajudado por cruzados franceses, entre os quais D. Henrique. Por essa ajuda de D. Henrique, Afonso VI recompensou-o dando-lhe duas coisas, o Condado Portucalense e a sua filha D. Teresa. Desde aí o Condado Portucalense começou a ser governado por D. Henrique, agora já casado com D. Teresa. Este novo senhor do Condado Portucalense desejou e quis que este condado tivesse a sua própria independência mas não o conseguiu fazer, morrendo em 1114. Daí para a frente o Condado foi governado não pelo filho do D. Henrique, D. Afonso Henriques, porque este era muito novo, mas pela mãe dele, D. Teresa. Os nobres a partir daí convenceram D. Afonso Henriques a tomar o poder do Condado pela força. Para o conseguir teve que lutar contra a sua própria mãe e conseguiu derrotá-la na batalha de S. Mamede, perto da cidade, que é hoje, Guimarães, em 1128. Mais tarde, D. Afonso Henriques para fazer do Condado Portucalense um reino independente entrou em guerra com os reinos de Castela e de Leão, governados por Afonso VII. Só no ano de 1143, com a assinatura do Contrato de Zamora, é que Afonso VII aceitou a independência do Condado Portucalense, que passou a ser chamado por o reino de Portugal, e reconheceu que o rei era D. Afonso Henriques. Posto isto acho que já sabem quem foi o primeiro rei de Portugal. Foi D. Afonso Henriques que prosseguiu para a reconquista aos Mouros, conquistando Santarém e Lisboa, no ano 1147. Em 1185 quando D. Afonso Henriques morreu, já tinham sido conquistadas terras a sul do Tejo. Com alguns avanços e recuos, os seus descendentes acabaram por conquistar o território aos Muçulmanos, até ao Algarve, em 1249, no reinado de D. Afonso II. Portugal desde a sua origem até a proclamação da república em 1910 foi governada por três dinastias; a de Borgonha, de Avis e de Bragança.

-Dinastia de Borgonha: Durou de 1139 até 1383 e nesse período o condado expandiu o território até o sul da Península Ibérica em terras tomadas dos mouros. Estado de caráter semi-feudal, ou seja, existia já um relativo fortalecimento do poder Real, mas por outro lado, ainda era extremamente forte a nobreza feudal (agraria). Estava ainda se consolidando a formação de Portugal, por meio da expansão territorial e agrícola, em meio ainda a guerra de Reconquista. Existia um processo gradual de formação e fortalecimento de uma poderosa e influente burguesia, derivado do fato de que portugal, durante o processo de renascimento comercial e urbano, ter-se tornado um importante entreposto comercial, um elo que ligava as rotas comerciais do norte ao mediterrâneo, pois pelo caminho terrestre, estava comprometidas a peste, revoltas camponesas, agitação social e insegurança nas estradas. Quando D. Fernando morreu (1367-1383) o ultimo rei da Dinastia Borgonha, o trono português passou para sua filha que era casada com o rei de Castela e a união dos reinos parecia decidida. Foi quando a burguesia desejosa em ter um rei mais atuante e presente, alida ao povo e parte da nobreza, expulsou estes governantes de Portugal e aclamou rei ao irmão bastardo de D. Fernando, o Mestre de Avis, que subiu ao trono como D. João I dando início a uma nova Dinastia: a de Avis.

Dinastia de Avis: Aliança entre burguesia com o novo rei, que favoreceu as condições políticas favoráveis para a expansão comercial e marítima de Portugal no século XV. Estas condições eram: centralização política, acumulação prévia de capitais, grupo mercantil forte aos interesses reais, desenvolvimento náutico.O desenvolvimento da atividade comercial tornou-se Portugal uma empresa do estado monárquico absolutista escondendo os interesses burgueses sob uma bandeira: a missão de levar fé aos infiéis. O último rei desta Dinastia foi D. Sebastião que morreu e o trono foi ocupado pelo seu tio cardeal D. Henrique que morreu sem deixar herdeiros. O parente mais próximo era o todo poderoso rei da Espanha Felipe II que incorporou Portugal e suas colônias (ex.: Brasil) aos seus domínios. Foi o período da União Ibérica (1580-1640) que teve as seguintes consequencias para o Brasil:
-> Penetração pelo interior, pois o Tratado de Tordesilhas foi suspenso, favorecendo a expansão da pecuária;
-> Favoreceu ao bandeirismo, o desejo de explorar o território brasileiro, buscar metais preciosos, existia as entradas e bandeiras, entradas sendo iniciativa do governo de cunho oficial, respeitando os limites territoriais impostos no tratado de tordesilhas. O bandeirante era de iniciativa particular ( senhores de engenho, donos de minas, comerciantes), não respeitava os limites, e com a suspensão do tratado, eles puderam avançar o limite tranquilamente, sendo responsaveis pela expansao do territorio brasileiro.
-> A Holanda, inimiga da Espanha, descreta Portugal como inimigo também, com Portugal fragilizado sendo o inimigo mais fraco da Holanda, a Holanda apodera-se de colônias portuguesas.
A união Ibérica só terminou quando o duque de Bragança foi aclamado rei, aclamado como D. João IV patrocinado pela nobreza.

-Dinastia de Bragança: A dinastia de Bragança assiste ao fim do apogeu de Portugal e o inicio da decadência do seu império. Para obter apoio de outras nações quando da separação da Espanha, Portugal deu como garantia o seu comercio com as colônias portuguesas. A descoberta do ouro em MG, MT, GO a partir de 1700 prolonga a prosperidade portuguesa por mais algum tempo. Enquanto isto a Inglaterra realizava a sua Revolução Industrial tornando-se em breve o novo centro do capitalismo mundial. Portugal fica sendo apenas o intermediário do comercio entre suas colônias de onde trazia os produtos primários e da Inglaterra que fornecia os produtos manufaturados. Desta forma o ouro brasileiro foi parar na Inglaterra. Foram também reis da dinastia de Bragança que virão para o Brasil quando das invasões napoleônicas em Portugal (D.João VI em 1808) e que farão a independência política do Brasil em 1822 com D.Pedro.

FATORES PARA O PIONEIRISMO PORTUGUÊS NA EXPANSAO COMERCIAL E MARITIMA:

-> Precoce centralização política: Um governo centralizado, forte e aliado a burguesia. E com a centralização politica, consequentemente era adotado o mercantilismo que visava as navegações marítimas em busca de mercado consumidor já que a Europa estava com seu mercado consumidor já explorado e os paises europeus colocando restrições as importações com altos impostos , afim de consegui o superávit, isso gerou a necessidade de buscar novos mercados consumidores.
-> Localização Geográfica: Na porta de saída do mae Mediterrâneo para o Atlântico, Portugal foi ponto obrigatório de passagem das embarcações, dando a oportunidade a Portugal de integrar-se as atividades mercantis. Já que a rota terrestre agora estava perigosa devido a guerra dos cem anos, e pestes. Outro fator para a necessidade de procurar novas rotas, foi a invasão dos Otomanos a Constantinopla e fecharam o mar Mediterrâneo oriental a penetração européia.
-> A Dinastia de Avís: Agora rei, através da revolução que foi conquistada a coroa pelas armas, o mestre de Avís, Dom João I, apoiado pela pequena nobreza, comerciantes, camponeses. Todos tendo um interesse em comum: a expansão comercial e marítima.
-> Escola de Sagres: Centro de estudos náuticos, buscando o aperfeiçoamento das técnicas de navegação.
-> Tecnologia marítima portuguesa: Os especialistas de Sgres aperfeiçoaram instrumentos de navegação, como a bússola, o astrolábio, o quadrante, a balestilha e o sextante. Desenvolvendo a cartografia e os primeiros a calcular com precisão a circunferência da Terra em léguas, numa época em que poucos acreditavam que o planeta fosse redondo.
-> Caravela Latina: Em Sagres nasce a caravela latina, preparada para enfrentar mar alto, tempo ruim e ágil para navegar com ventos contrários. Sendo embarcação exclusiva dos portugueses.