domingo, 23 de maio de 2010

CAPITALISMO INDUSTRIAL

O capitalismo industrial surgiu com a mudança do modo do sistema de produção, fruto da revolução industrial (1776) , colocam a máquina para fazer o trabalho que antes era feito por artesãos, ou seja, deixou de ser artesanal para ser maquinofaturada. A mecanização imprimiu um novo ritmo à produção de mercadorias e o trabalhador que antes produzia sua mercadoria individualmente e de modo artesanal, agora ia para as linhas de produção, onde se reunia a centenas de outros operários que se tornaram assalariados. Essa implantação de industrias trouxe grandes mudanças, por isso o termo ''revolução''. O dono da fábrica conseguiu aumentar sua margem de lucro, mas trazendo ponto negativo, pois houve aumento significativo do desemprego, baixos salários, péssimas condições de vida e poluição do ar. É chamado de pleno, selvagem e liberal. Selvagem por que explora o trabalhador de uma forma desumana, com um trabalho que podia chegar até dezesseis horas por dia e consequentemente a mercadoria ja possuía um lucro antes mesmo de ser vendida, já que a exploração do trabalhador já determinava lucro. Hoje selvagem é determinado para a grande concorrência entre as multinacionais, que dominam vários mercados e países. Pleno por que as características essenciais do capitalismo são consolidadas: assalariada, objetivo selvagem por lucro (mais-valia, nome dado por Karl Marx à diferença entre o valor produzido pelo trabalho e o salário pago ao trabalhador, que seria a base do lucro no sistema capitalista), sociedade de classes (burguesia, que detém os meios de produção, como minoria privilegiada ,e proletariado possuindo apenas sua mão-de-obra, como maioria explorada). Apesar dos desempregos, esse capitalismo se fortaleceu, com a formação de grandes aglomerados econômicos e de um grupo de potências, o chamado grupo dos sete, constituido pelos sete países mais ricos do mundo: EUA, Japão, Alemanha, França, Itália, Reino Unido e Canadá. Graças à sua força econômica, esses países influenciaram os padrões mundiais de desenvolvimento, controlam a maior parcela da produção econômica mundial e, como consequência, interferem no destino de toda a humanidade. Essa industrialização intensa do continente europeu teve um grande processo de expansão econômica. Com o objetivo de aumentarem sua margem de lucro e também de conseguirem um custo consederavelmente baixo, estes países se dirigiram à África e Ásia, dominando e explorando estes povos, o chamado neocolonialismo. O capitalismo Liberal, que relacionada a Idade Contemporânea, nas revoluções em que a burguesia exigia privilégios políticos, e adotando um estilo liberal, fundamentado na teoria de Adam Smith, segundo o qual o estado não deveria interferir na economia, pois ela mesmo seria regulada por uma mão invisível, que era através de dois mecanismos: a livre concorrência e a lei da oferta e da procura. Só que essa auto-regulação que Adam Smith afirmava não aconteceu, ocorrendo a crise de 29, que ocorreu devido a superprodução (apresentavam uma produção baseada no fordismo, que era ''produzir loucamente'') e a queda da bolsa (especulação financeira), como se fosse um estouro da bolha especulativa, pois os especuladores vendem ações das empresas que estavam em início de crise só que eles forjavam um falso bom estado e sucesso das mesmas. Houve um processo de concentração de capitais pelas empresas mais competitivas, gerando monopolização. O mercado não se auto-regulou por que algumas empresas possuem mais tecnologia e mais poder que outras, muitos já nascem ricos, e para uma pessoa simples competir com ela, será muito dificil. As formas de monopolização são: Truste (fusão ou absorção empresarial) ; cartel (acordos empresariais, é ilegal) e holding ( ''cartel legalizado'', empresa criada em que possui ações de outras empresas afim de acordos empresariais). A superprodução e a crise de 29 teve seu contexto na recuperação Européia pós-1 guerra, já que os EUA estava produzindo muito para abastecer a Europa que estava destruída, chegando em um momento de estocagem. Diante da crise, passou a ocorrer da década de 30 aos anos 80/90, uma intervenção do estado na economia (keynesianismo), protecionismo de mercado, criação de empresas estatais, nos países europeus: estado de bem estar social ( welfare state: estado assistencial que garante padrões mínimos de educação, saude, habitação, renda e seguridade social a todos os cidadãos). Então começa uma nova fase, o capitalismo Financeiro - Monopolista.

CAPITALISMO COMERCIAL

O conceito de capitalismo refere-se basicamente na acumulação de capital, tendo como meta o somente o lucro. Pode ser dividido em três tipos de épocas diferentes: comercial, industrial e financeiro.
O capitalismo comercial ou mercantilismo tem origem no início da idade moderna, quando se dava o fim do feudalismo e o início da expansão comercial. Que foram o êxodo da população para os centros urbanos, o chamado ''renascimento urbano'', vários motivos determinaram esse êxodo, como : cruzadas, revolução agrícola, entre outros. A revolução agrícola, trouxe uma relativa modernização na produção, e novas técnicas, aumentando os alimentos (excedentes agrícolas) e ocasionando no crescimento desordenado da população européia. Com isso, houve o aumento das áreas agrícolas, um exemplo disso são os pousios (descanso ou repouso dado às terras cultiváveis, variando esse descanso de um a três anos, interrompendo-se as culturas para tornar o solo mais fértil), e assim não tendo mais terras férteis, ocasionando na fome, já que não conseguia acompanhar o crescimento populacional, chegando ao ponto de fome. As terras foram valorizadas e muitos tentaram garantir através da ampliação de suas posses por cercas), e a modernização da agricultura, muitos trabalhadores (excedentes de mão-de-obra) foram trocados por novas invenções da época, sendo ''liberados'' para outro setor, como o comercial. Muitos camponeses diante dessas circunstâncias, se viam obrigados a procurar outro sustento, indo muitos para os burgos (designa geralmente uma cidade comercial, que se desenvolvia fora das muralhas do núcleo urbano primitivo, senhorial; O burgo surgiu em volta do castelo do senhor feudal, o castelo era protegido por uma grande muralha e soldados, para se aproveitar disso moradias foram ocupando o espaço entre o castelo senhorial e a muralha). As cruzadas também foram muitos importantes, pois ao fim das batalhas, voltavam com as especiarias ou produtos de luxos, que atraíam a população européia, como tapetes, temperos, etc. A riqueza deixou de ser principalmente vinculada a terra para a economia de mercado com base no trabalho artesanal passar a ser prioridade. Muitos europeus deixaram os feudos para morarem nos burgos, onde esperaram encontrar melhores condições de vida. A população formada principalmente por burgueses, artesãos e operários. Com o tempo os centros urbanos tornaram-se mais importantes que os rurais, já que os negócios ali aumentavam, os artesãos abriam suas oficinas, comerciantes passaram a organizar feiras nas quais vendiam seu produto. A burguesia ganhava prestígio e aproximava-se dos reis, emprestando-lhes dinheiro em troca de medidas políticas favoráveis ao comércio. Ao mesmo tempo, os senhores feudais viam-se envolvidos em dívidas, muidas delas decorrentes das altas despesas com as cruzadas. Com o modelo absolutista, tem-se o fim dos pedágios (cada feudo tinha sua moeda e exigia impostos pela passagem pelo mesmo) , com a unificação monetária e criação de estradas. O colonialismo, que foi baseado no mercantilismo, que visava acúmulo de metais, balança comercial favorável e consequentemente protecionismo, gerava grandes lucros.